"Atenção, atenção, atenção! Furo de Notícia! Notícia em primeira mão. Assalto em agência bancária da cidade".
"Por favor, você que me ouve agora não desligue o rádio, a coisa é mais séria do que se possa imaginar. Muitos estampidos são ouvidos no interior da agência. Já temos notícias de que existem mortos e muitos feridos lá dentro. Muitos reféns estão presos nos banheiros..."
"Não desligue o rádio, por favor! No piso da agência pode-se ver o corpo de um bandido morto, mas ainda existem uns quatro lá dentro no comando da operação".
"Atenção polícia, socorro, assalto! Fechem as saídas da cidade! Não sabemos se algum bandido conseguiu escapar nem quantos milhões conseguiu levar."
Com isso, foi-se formando uma rede de boatos via telefone e em pouco tempo toda a cidade vivia um clima de horror... Em frente ao banco, pouco a pouco foi-se formando uma multidão de pessoas curiosas e apavoradas.
Dentro da agência, de vez em quando, alguém se promovia a anjo e tentava passar pela vidraça da frente e só descobria não sê-lo quando se esfolava nos estilhaços.
No meio da multidão, mil e uma versões eram contadas e ouvidas... E enquanto isso um repórter inconsequente continuava a levar as suas versões cada vez mais longe através das ondas da emissora.
E então, as TV's locais começaram a registrar tudo; de repente, corpo de bombeiros, polícias civil, militar, rodoviária, começaram a chegar.
Simultaneamente, todos invadem o recinto e tudo fica esclarecido: bombeiros rebocam um homem ferido à bala que teve um surto de loucura e, sem arma, anunciou um assalto que assustou um vigilante frouxo que, no reflexo, disparou uma espingarda calibre 12, quase matando o louco.
Do genial Prof. Dierson Ribeiro.
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