terça-feira, 6 de maio de 2014

"...Take a sad song and make it better..."

Andando no carro, o rádio começa a tocar "Índios" de Legião Urbana. Na hora pensei: putz! Esse é um daqueles momentos em que a gente tá de um jeito que a música retrata completamente aquilo que estamos passando...

"...Quem me dera ao menos uma vez ter de volta todo ouro que entreguei a quem conseguiu me convencer que era prova de amizade..."

Eu hoje vivo uma época em que se começam a realizar alguns sonhos e a frustrar outros. O problema é que a maioria deles estão frustrados.

Não sou uma pessoa vingativa. Não sei retribuir com todo ou maior vigor aquilo que me foi feito. Acho que não sei retribuir de forma alguma o mal que me fazem. Infelizmente convivo com minha tristeza ou frustração, ou raiva até o momento em que não dá mais.

O bom é que tem outras coisas dando certo (ou fazendo sentido) em minha vida. Outras chegaram de um jeito tão depressa que eu ainda tento assimilar onde me encaixo nisso...

E é aí onde se instala completamente minha situação. Do jeito que minha vida é atolada de coisas, acaba se tornando um certo caos ordenado: onde sei o espaço delimitado de cada uma, mas este mesmo é ultrapassado diversas vezes e a confusão começa aí.

"...Eu quis o perigo e até sangrei sozinho, entenda..."

Outra coisa que percebo bastante, ou pelo menos é isso que consigo entender, é que não sou muito bem compreendido. As pessoas não me dão os devidos respeito / atenção / consideração que acho que mereço. Ou, se dão, não enxergo tanto.

Alcancei posições ante os meus 21 anos que qualquer pessoa da minha idade gostaria de ter, mas eu realmente vi que só isso não realiza meus sonhos ou me deixa na posição que eu realmente esperava ter.

"...Esse é o nosso mundo: o que é demais nunca é o bastante e a primeira vez sempre é a última chance..."

Mudei a música e a mensagem continua a mesma: meu coração dói. Por vários e espalhados motivos, mas o faz. Com isso tudo eu penso que um pensamento ruim atrai o outro e isso vai consumindo o ente por dentro.

"...Quando me vi tendo de viver comigo apenas e com o mundo você me veio como um sonho bom..."

Tu és o meu melhor remédio e às vezes a falta dele ao enfermo. Imagino que tu não saibas desse fato sobre mim, mas eu tenho um tempo diferenciado às coisas que acontecem, principalmente comigo. Uma raiva ou tristeza costumam demorar um pouco mais no meu coração do que qualquer outra coisa. E a lembrança (ou a ferida aberta, como preferir) machuca mais do que quaisquer outras coisas.
Acho que não sabes, mas tem coisas que me dizes na inocência (ou que descubro de um jeito ou de outro) que machucam demais e vêm sempre aos meus pensamentos.

"...E me assustei: não sou perfeito..."

Sei que tenho muitas coisas para mudar e viver bem, todavia, assumo: ainda não atingi o nível de maturidade que preciso para consegui-las. E infortunadamente não sei quanto tempo mais levará para isto.

Prefiro um dia acordar e viver bem ao teu lado do que não mais tê-la nos meus braços. Mas gostaria que isso fosse de uma forma que não doesse meu coração, tampouco o seu.

"...E nossa história não estará pelo avesso assim, sem final feliz. Teremos coisas bonitas para contar. E até lá vamos viver, temos muito ainda por fazer. Não olhe para trás, apenas começamos. O mundo começa agora: apenas começamos".

João Victor, Chev.
29abr14

P.S.: precisava escrever isso. Acalma. Mas não se preocupe. Ninguém lê.

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